Alex Bitten
12 de jul de 20183 min
Atualizado: 26 de jul de 2018
A história do Brasil possui heróis, mas conhecemos muito poucos. Foi por acreditar nesta frase que escrevi ‘O Espirito da Noite’. Acredito que nossa história é complexa, e foi construída por muitos heróis que lutaram bravamente para ser o país que somos hoje, e muitos não estão nos livros de história.
Cabe a nós conhecer nossos heróis, buscar referências em suas ações de coragem, heroísmo e lutar para fazermos uma pátria melhor.
Leia o blog e conheça um pouco mais sobre a história do Capitão Antônio, suas batalhas na defesa dos interesses do Brasil e seu confronto contra o Espírito da Noite.
Quando resolvi escrever meu primeiro livro, para sentir a reação dos improváveis leitores, escolhi, entre as cinco ideias que tinha, a história de um jovem tenente do exército brasileiro, que após a independência do Brasil, parte em uma árdua missão: Comandar uma expedição para encontrar uma caverna de diamantes no coração da selva inóspita e repleta de perigos, e com este tesouro efetuar o pagamento imposto pela corte portuguesa para reconhecer o jovem império do Brasil. A ideia era criar um história que resgatasse a bravura, a coragem e a honra de personagens históricos brasileiros, em uma história de mistério e aventura. "Todo bom romance precisa ter esses ingredientes".
Escrever uma boa história de época requer muita pesquisa, é preciso conhecer os costumes, roupas, armas, o contexto mundial e até mesmo os pensamentos dos personagens. Por exemplo, não é admissível criar personagens de uma história do século XIX com a mente do século XXI. É preciso voltar no tempo e imaginar como eram suas mentes, e este é o tipo de desafio que busco ao procurar criar meus romances. Para escrever o Espírito da Noite pesquisei na FUNAI, no exército brasileiro, no livro “1808” e “1822”, do Laurentino Gomes e o clássico “O Último dos Moicanos”, escrito por James Fenimore Cooper em 1826, que tive a grata satisfação de ler ainda criança.
O Espírito da Noite é um romance com os protagonistas bem definidos, e criei utilizando uma trama “reta”, como se diz na criação de enredos. Há o destemido guia com um passado misterioso, o jovem tenente Antônio, corajoso e orgulhoso pela criação do recente Império Brasileiro, o ambicioso capitão Willian, o oficial inglês veterano das guerras napoleônicas, que planeja destruir a expedição brasileira, encontrar os diamantes e conquistar Fernanda, a bela esposa do tenente Antônio. E é claro, existe o grande mistério, o “Espírito da Noite”, a criatura assassina e impiedosa que vive na floresta e que irá se colocar no caminho da expedição.
Coloquei todos esses personagens em uma trama envolvente para montar uma história imperdível.
Você enfrentaria um inimigo mais poderoso ou se acovardaria para fugir e viver em paz? Este é apenas um dos dilemas do jovem protagonista.
Escrevi este romance em 2001, mas acredito que essa história e seus personagens são atuais, porque vivemos uma encruzilhada em nosso país, onde os bons, os justos e honestos estão diante deste mesmo dilema, que parece ser recorrente em nossa história.
Dizem que quando o escritor precisa explicar sua história é porque ela não é boa, mas uma das ideias para a construção do enredo é uma crítica sobre nossos atos covardes em frente a espoliação dos recursos que nosso país é submetido ao longo da nossa história.
O Espírito da Noite é uma história sobre amor, patriotismo e Honra.
Como foi o primeiro livro que escrevi, decidi resumir a história para observar a reação dos leitores. Nesta segunda revisão, dentro dos limites de custo disponível, acrescentei detalhes e acredito ser possível compreender melhor a trama e a beleza de sua história.
Existe uma romance sobre um dos personagens, um Spin Off como se diz hoje em dia, que conta a história de Damião, o misterioso guia da expedição, nas batalhas nas guerras peninsulares em Portugal, contra as invencíveis tropas de Napoleão.
O livro foi utilizado em projetos de leitura em colégios na minha cidade. Os alunos leram a história, fizeram poesias e peças de teatro, eu participei dos debates, esta é uma das grandes satisfações que já tive como escritor.
Para cada romance que escrevo, escolho uma playlist para ouvir durante a escrita, e para “O Espírito da Noite”, utilizei a trilha sonora do filme O Último dos Moicanos, composta por Trevor Jones, uma das mais belas que já ouvi.