A história do Brasil possui heróis, mas conhecemos muito poucos. Foi por acreditar nesta frase que escrevi ‘O Espirito da Noite’. Acredito que nossa história é complexa, e foi construída por muitos heróis que lutaram bravamente para ser o país que somos hoje, e muitos não estão nos livros de história.
Cabe a nós conhecer nossos heróis, buscar referências em suas ações de coragem, heroísmo e lutar para fazermos uma pátria melhor.
Leia o blog e conheça um pouco mais sobre a história do Capitão Antônio, suas batalhas na defesa dos interesses do Brasil e seu confronto contra o Espírito da Noite.
A Ideia Inicial
Quando resolvi escrever meu primeiro livro, para sentir a reação dos improváveis leitores, escolhi, entre as cinco ideias que tinha, a história de um jovem tenente do exército brasileiro, que após a independência do Brasil, parte em uma árdua missão: Comandar uma expedição para encontrar uma caverna de diamantes no coração da selva inóspita e repleta de perigos, e com este tesouro efetuar o pagamento imposto pela corte portuguesa para reconhecer o jovem império do Brasil. A ideia era criar um história que resgatasse a bravura, a coragem e a honra de personagens históricos brasileiros, em uma história de mistério e aventura. "Todo bom romance precisa ter esses ingredientes".
Pesquisas, Referências e Muita Criatividade
Escrever uma boa história de época requer muita pesquisa, é preciso conhecer os costumes, roupas, armas, o contexto mundial e até mesmo os pensamentos dos personagens. Por exemplo, não é admissível criar personagens de uma história do século XIX com a mente do século XXI. É preciso voltar no tempo e imaginar como eram suas mentes, e este é o tipo de desafio que busco ao procurar criar meus romances. Para escrever o Espírito da Noite pesquisei na FUNAI, no exército brasileiro, no livro “1808” e “1822”, do Laurentino Gomes e o clássico “O Último dos Moicanos”, escrito por James Fenimore Cooper em 1826, que tive a grata satisfação de ler ainda criança.
Os protagonistas
O Espírito da Noite é um romance com os protagonistas bem definidos, e criei utilizando uma trama “reta”, como se diz na criação de enredos. Há o destemido guia com um passado misterioso, o jovem tenente Antônio, corajoso e orgulhoso pela criação do recente Império Brasileiro, o ambicioso capitão Willian, o oficial inglês veterano das guerras napoleônicas, que planeja destruir a expedição brasileira, encontrar os diamantes e conquistar Fernanda, a bela esposa do tenente Antônio. E é claro, existe o grande mistério, o “Espírito da Noite”, a criatura assassina e impiedosa que vive na floresta e que irá se colocar no caminho da expedição.
Coloquei todos esses personagens em uma trama envolvente para montar uma história imperdível.
O Desfecho
Você enfrentaria um inimigo mais poderoso ou se acovardaria para fugir e viver em paz? Este é apenas um dos dilemas do jovem protagonista.
Escrevi este romance em 2001, mas acredito que essa história e seus personagens são atuais, porque vivemos uma encruzilhada em nosso país, onde os bons, os justos e honestos estão diante deste mesmo dilema, que parece ser recorrente em nossa história.
Dizem que quando o escritor precisa explicar sua história é porque ela não é boa, mas uma das ideias para a construção do enredo é uma crítica sobre nossos atos covardes em frente a espoliação dos recursos que nosso país é submetido ao longo da nossa história.
Curiosidades
O Espírito da Noite é uma história sobre amor, patriotismo e Honra.
Como foi o primeiro livro que escrevi, decidi resumir a história para observar a reação dos leitores. Nesta segunda revisão, dentro dos limites de custo disponível, acrescentei detalhes e acredito ser possível compreender melhor a trama e a beleza de sua história.
Existe uma romance sobre um dos personagens, um Spin Off como se diz hoje em dia, que conta a história de Damião, o misterioso guia da expedição, nas batalhas nas guerras peninsulares em Portugal, contra as invencíveis tropas de Napoleão.
O livro foi utilizado em projetos de leitura em colégios na minha cidade. Os alunos leram a história, fizeram poesias e peças de teatro, eu participei dos debates, esta é uma das grandes satisfações que já tive como escritor.
Para cada romance que escrevo, escolho uma playlist para ouvir durante a escrita, e para “O Espírito da Noite”, utilizei a trilha sonora do filme O Último dos Moicanos, composta por Trevor Jones, uma das mais belas que já ouvi.
Tenho todos os livros desse talentoso autor, e posso dizer que em todos a leitura foi envolvente, instigando-nos a imergir no enredo e participar da trama. Leitura obrigatória para quem gosta de aventuras com verdadeiro embasamento histórico. Estou aguardando o próximo lançamento.