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  • Foto do escritorAlex Bitten

Uma época em que jovens eram convocados para serem heróis.

Atualizado: 27 de jul. de 2018

Já li muitos livros retratando atos de bravura dos soldados que lutaram na Segunda Guerra Mundial, e muito pouco se fala dos militares brasileiros, que combateram bravamente naquele conflito.

Foi para homenagear a sua bravura que escrevi uma história que levou cinco anos para ser concluída, feita com muito planejamento, pesquisa e dedicação. Um romance épico, sobre batalhas aéreas, conspirações e a coragem de jovens brasileiros foi colocada a prova.

Leia o blog abaixo e conheça um pouco mais sobre “O Último Inimigo”.



A Ideia Inicial


Desde criança, sempre fui apaixonado por aviação, e quando comecei a escrever, a ideia de criar uma história sobre pilotos sempre me cativou, ela foi amadurecendo até surgir um roteiro inicial que não deixava minha mente em paz.

Então decidi escrevê-la.

Como todos os livros que escrevo, faço seguindo as sugestões de Albert Zucherman, agente literário de grandes escritores, como Ken Follet, um dos meus favoritos, e defini o roteiro após revisá-lo mais de quatro vezes, num trabalho que levou seis meses para ficar pronto.

Eu sabia que somente uma boa história não bastaria, eu precisava de mais, eu precisava recriar o ambiente do Brasil na Segunda Guerra, precisava entrar na mente dos jovens pilotos, descobrir seus sonhos, suas paixões e seus temores, e é claro, a rotina de conviver diariamente enfrentando a morte.

Eu não queria apenas criar mais uma história, eu queria que o leitor sentisse o que os jovens pilotos sentiram ao arriscarem suas vidas ao lutarem nas alturas.



Nunca antes no campo dos conflitos humanos, tantos deverão a tão poucos - Winston Churchill

Pesquisas, Referências e Muita Criatividade


Escrever uma boa história de época requer muita pesquisa, e com o Último inimigo não foi diferente. Pesquisei sobre o patrulhamento do litoral brasileiro, que assim como todo Atlântico, ficou infestado de U-Boats(submarinos) alemães e suas tripulações de lobos do mar. Pesquisei sobre os ataques aos nossos navios, que nos fizeram entrar na Segunda Guerra Mundial contra os países do eixo, sobre a base de Natal, localizada no Rio Grande do Norte, conhecida como Trampolim da Vitória, a maior base aérea aliada da guerra.

Como referência em romances, li todos os livros escritos por Jack Higgins e recomendo “A Águia Pousou”, que virou filme com a atuação magistral de Michael Caine no papel do tenente Kurt Steiner. Também li vários romandes de Ken Folett "Buraco na Agulha”, "As Espiãs do dia D", "O Voo da Vespa" e "A Chave para Rebecca".

Para criar as personalidades dos protagonistas, pesquisei muitas biografias de pilotos aliados e alemães e gostaria de citar algumas, iniciando com a piloto inglês Douglas Bader, “O Conquistador dos Céu”, o ás alemão Adolf Galand, “O Primeiro e o Último” e um dos melhores livros que já que li sobre a Segunda Guerra Mundial na visão de um piloto de combate, “O Grande Circo”, do piloto francês Pierre Clostermann.

Gostaria de destacar o imperdível Senta Pua, escrito pelo Brigadeiro Rui Moreira Lima, que lutou na Itália no 1º Grupo de Aviação de caça, e que mais tarde se tornou um documentário, muito bem produzido.




Os protagonistas


A história é sobre as aventuras de quatro pilotos brasileiros sediados na base de Natal, atuando no patrulhamento do litoral brasileiro. Eles acabam sendo envolvidos em uma trama sórdida planejada por um general americano, mas são salvos pelo DOE, o sinistro (Departamento de Operações Especiais) inglês, que os envia para uma base aérea na Inglaterra, para combater os temíveis e experientes pilotos da Luftwaffe, a força aérea alemã.

Um dos aspectos interessantes sobre “O Último Inimigo” foi a ideia de criar ambiguidade, e por isso criei o piloto alemão Gunter Weber, com o objetivo para contar as batalhas com o olhar do inimigo. Minha ideia foi proporcionar ao leitor a compreensão dos medos, da angústia e do horror das batalhas visto pelos dois lados do conflito.



A história de quatro pilotos retratadas no livro "O Último Inimigo"


O Desfecho


O romance “O Último Inimigo” se passa nos dias atuais, por isso usei uma técnica chamada “quebra de linearidade de tempo”, que precisa ser bem desenvolvida para não deixar que o leitor atordoado ou fazê-lo se perder na trama, criando diálogos com muita atenção, para que os protagonistas pudessem relatar suas memórias em uma trama onde suas ações no passado terão consequência no desfecho do romance.





Curiosidades


Uma obra que leva cinco anos para ficar pronta tem várias curiosidades.

Dividi a história em dois livros, porque havia essa possibilidade na trama e acreditei que ficaria mais interessante e acessível aos leitores.

Para criar as personalidades dos quatro pilotos, utilizei as características de quatro grandes amigos, prática muito comum dos escritores, afinal, é mais fácil descrever personagens com características reais.

Eu tinha criado dois finais para o livro, um mais sombrio e outro mais romântico. Escrevi os dois e conversei com minha esposa, contei partes da história e como ela poderia terminar, e ela, com seu jeito meigo e delicado, me convenceu a terminar o romance com um final romântico.




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